TEMPOS DE INFÂNCIA
Quando era menino vivia na rua.
Que beleza! (imagino)
Brincava de pega-ladrão.
Brincava de roda e jogo de botão.
Brincava de casinha,
seu mestre mandou
e pulava a amarelinha.
No barranco, surgiam estradinhas de carro,
que com as mãos eu fazia...
E me sujava de lama, de barro.
No campinho, a pelada pra briga mudava
(e como apanhava!)
Minha mãe, na sacada, reprovando-me, olhava.
E pela mancada uma esfrega eu tomava...
E brincava...
Chicotim queimado é queimadim...
Como era boa a brincadeira,
a de pique-bandeira.
No trevo da rua,
bolinhas de gude na meia-lua.
Na praça da matriz,
descia no tobogã e ralava o nariz.
No início da ponte,
O papo rolava...causos e piadas aos
montes.
No fim do mato, esconde- esconde
e no barranco eu chiava.
Antes de ser moço,
Joguei muita finca e caí muito no poço...
Quando cresci
Plantei uma árvore e filhos colhi.
Passei a jogar bola
E dos brinquedos esqueci
Voltei a cantar
(sem viola)
Pois um dia a perdi.
A inspiração retornou
E esse poema escrevi.
(Afonso Alves Ferreira)
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